Por: Fred Melo
Vamos dissertar sobre a condução da política econômica do atual governo. Com Bolsonaro, o Brasil estava preparado para uma grande arrancada.
Com Lula, tudo está paralisado e, com isso, o Amazonas precisa definitivamente de novas alternativas econômicas para não ficar refém da Zona Franca de Manaus (ZFM).
A Reforma Tributária que tramita no Congresso vai nos atingir e novos vetores econômicos serão vitais para a sobrevivência do nosso estado. O descaso do governo federal é tão grande que sequer o superintendente da Suframa foi nomeado. E o que é ainda mais grave: nossa bancada no Congresso, com raras exceções, está numa zona de conforto onde nenhuma voz cobra de forma contundente uma solução.
Nosso estado tem uma riqueza incomensurável, mas que não é explorada de forma sustentável. O mundo quer a Amazônia, mas não paga nada ou muito pouco por isso. É aquela velha conversa da preservação às custas da miséria do povo e do atraso da região.
O governo Bolsonaro foi o que mais mandou investimentos para o estado do Amazonas e seus municípios. Para se ter uma ideia, em 2019 foi feito um repasse de algo em torno de R$ 12 bilhões. Em 2020, cerca de R$ 20 bilhões, ano da pandemia. Em 2021, mais R$ 15 bilhões. Vamos ver como será o tratamento do atual governo, mas antecipo, não se pode esperar nada.
Nenhuma cidade do Amazonas ou do país ficou sem recurso nos últimos quatro anos, principalmente no período da pandemia. Todos esses valores supracitados você pode encontrar no Portal da Transparência do governo federal.
Infelizmente, o Brasil de Bolsonaro não percebeu os avanços econômicos e sociais conquistados. Afinal, a comunicação deficiente do governo federal não fez chegar a informação para quem de fato poderia reelegê-lo: o povo. O interior miserável do Amazonas e as cidades mineiras, que no Vale do Jequitinhonha deram uma votação expressiva a Lula, são provas incontestáveis dessa afirmação.
As pautas polêmicas do Amazonas, que sempre foram jogadas para debaixo do tapete, também avançaram timidamente com Bolsonaro. Refiro-me principalmente à recuperação da BR-319, que agora com Marina Silva sendo ministra do meio-ambiente, mais uma vez cairá no esquecimento. Não há mais ninguém levantando essa bandeira.
Todas as previsões são de que o país não continuará na curva de crescimento. Existe um pessimismo generalizado provocado pelas ações e medidas econômicas desastradas do governo Lula. Estamos desgovernados, com um ministro da Fazenda que defende o aumento de impostos como única solução para o Brasil. Uma aberração.
O ano de 2023 seria de alavancar os principais setores da economia, mas com Lula está tudo paralisado por falta de visão estratégica e de compreensão de que o livre mercado, a redução da carga tributária e o incentivo à produção são de fato o que traz prosperidade e desenvolvimento a qualquer país. Com este governo de esquerda, estamos andando para trás. Fala-se apenas em elevar a carga tributária, estatização, irresponsabilidade fiscal e outras medidas que não deram certo em nenhum lugar do mundo. Aqui não será diferente.
A falta de comunicação adequada do governo Bolsonaro fez com que a maioria do povo brasileiro acabasse por escolher Barrabás. Não basta fazer, precisa comunicar de forma eficiente o que e quem está fazendo.
A nossa grande tragédia moral e econômica é constatar que, na política, o que dá dinheiro para os políticos é a manutenção dos problemas e não a solução deles. #ficaadica
Já vimos esse filme antes…
Que phase!
O autor é Empresário da Comunicação
*A opinião expressada neste texto é de responsabilidade de seus idealizadores
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